ENTARDECER!
Eu sinto nos ossos
Nos músculos
Na carne rígida
O cansaço do tempo que passou…
Tudo tão diferente!
A casa da infância já não existe mais
E já secou o velho riacho
Ficou a curva da estrada
E mais nada…
Pais que viveram e passaram
Deixando um rastro de saudades
No velho peito que ainda arde…
Sobrinhos que cresceram
Poucos contemporâneos e cãs
Os mais sábios dirão: \"É a vida\"
Direi mais ainda:
_ É a vida que passa!
Entardeci!
O que resta é viver
Experimentar o máximo
Enquanto aguardo o anoitecer.
Leide Freitas