Foi lá no vale do rio jacutinga
Eu morava na curva da estrada
Numa casa de tabuas lascadas
Sob um galho do pé de pitanga
No terreiro algumas miçangas
Que pássaros traziam da mata
Ao revoar sobre linda cascata
No ventre das águas da sanga
E logo na outra margem do rio
Morava a linda cabocla Cecilia
Uma prenda de mil maravilhas
Fatigava meus fitos constantes
Fomos amigos depois amantes
Na correnteza das águas do rio
Eu e ela ninguém mais nos viu
Um amor tal qual um diamante
O tempo voa qual um beija flor
De assas rápidas na relva partiu
Assim apagou das bordas do rio
Os rastros dos nossos encontros
Foi destino que fez desencontro
Distância cega Cecilia não vejo
Internalizou-se o primeiro beijo
Te juro que ainda sinto arrepios
Se eu pudesse fazer uma mágica
Pro tempo voltar como era antes
E reviver aquele amor diamante
Que ainda em meus olhos brilha
No rio Jacutinga eu faria a trilha
Pelas bordas do outro lado do rio
E sob o encanto e canto do tiziu
Queria de novo amor de Cecilia