Antonio Luiz

Poemas amamentados adoecem menos

Entre lençóis de cetim e suspiros,

a musa da minha poesia desnuda os seus seios,

dois pequeníssimos pêssegos pendurados no peito.

E na carícia de minhas sequiosas mãos encantadas,

ordenho o mais completo alimento de meus versos.

A sua entrega é plena. Os meus momentos são ímpares.

Não cubra o rosto do poema, não há perversão na cena!

É só uma mágica sinfonia de sorver a sua doce beleza.

Exiba o néctar que escorre nos cantos das tantas bocas

e o colostro amarelo dos mamilos, entre meus dedos.