Quando os corações apaixonados se cansarem de amar.
Porque a alma escondida no âmago.
Nao ve o céu sequer uma lágrima derramar.
Corpos que correm para um obscuro lago !
Onde a deusa do amor os prendeu.
Num eterno crepúsculo incolor.
Que Hipnos poente nenhum acendeu.
Corações cansados que não buscam calor.
Soltar do cativeiro quem Vénus encarcera.
E Esperar que o céu chova liberdade.
No sonho de uma ave que passa.
Sentimentos humanos que o lago conteve.
Selados até os anos passarem.
Eterno poder que se manteve.
ventura rodrigues alves , Porto , 16 de Maio de 2023