`As vezes vejo a sua imagem ou o seu vulto, Dentro do sonho do meu sono noturno, E, quando acordo, o seu talhe ainda esculto Por entre o gelo e as pedras de saturno. Para não perder a genuína inspiração Que me vem antes do romper da aurora E poder continuar ouvindo a velha canção Que o meu sentimento alimenta e elabora... Pelas nuances da existência e da quimera Que às vezes tenho algumas alucinações, Para poder sentir o cheiro de primavera Por todas essas bem misturadas estações...