Jose Kappel

Reza de Poucos

 

Valor meu que
se dispersa
num revoar de aves.

Calor meu que se esvai
num debater
ameno do frescor vento.

Saudade minha que
se apara no vazio
onde meu nome é
ninguém
e o seu é pérola
de guardar.

Reza de poucos,
bendito por menos,
do que alguns,
ando por corredores
sem endereço,
num postal cardido
de lembranças de chamas
sem fogo,mas que
leva seu nome!

Um dia que foi todo você,
um dia que me perdi em seus sonhos,
e hoje clamo sozinho por suas mãos,
e tento roubar seus sonhos de amor
onde sou sola de flores,
sou voluntário,
que ninguém mais acalenta.

Redemoinhos de faces
me atrelam a um passado
destes, olho atrás,
e só vejo embaços, riscos,
num espelho já maltratado.

Se queres amar, se aproxima
faz um canto,proleia tal amor,
deste, imploro!
E,juro, serei seu.

Reanima sua doce voz,
entoa o hino de sua presença,
e escreve minha sentença.

E são promessas! É seu encanto
que me abafa o
meu pranto !