um dia quis
rabiscar a
linha
do tempo
assim,
tempo de
florescer,
dele viver,
pois um dia
sei,
então,morrer!
nesta linha,
a gente vive
misturada:
estar indo
a algum lugar
é o mesmo
de nunca estar
chegando.
já fiz minha
linha do tempo,
improvisando
o feliz.
já me misturei
e aprendi:
a hora é
a de sempre
até o nada se move
lento.
pouco se
resolve, pois
até as flores
lá estão tristes.
vem o tempo
seguinte
que não tem
mais resposta,
e morre
no suado vento.
vem outro tempo
de fininho,
que será
erguido,
fácil,
pelos deuses
pedintes.
ai, não tem remédio,
o relógio para
e a nostalgia
chega sem,
ao menos,
deixar
o beijo de
despedida.
e lá pergunta: que tempo é esse ?
onde está a amada
de meu tempo?