Carlos Lucena

O AMOR


O amor é pulsante
Pulsa no sangue,
nas veias
Na alma, no coração
e a todo instante.
É poema que não se escreve
É grito lancinante
Pois é delírio
Que só o peito descreve
É aroma de lírio
É sonho suave e leve
É pesadelo em desvairio.
O amor é ilha
É em versos Djavanear...
Liberdade...armadilha...
Guerra, paz fogo a inflamar.
A gente sente sem esperar
Não quer sentir
Mas quando sente
não quer deixar.
O amor não é abstrato
Não é ético
Parece ser ingrato
Mas é um sopro poético.
Pode não ser verbo
Mas é transitivo
Porque carece de complemento
Pois sem o objeto
Ele é só sofrimento.