Numa ávida fissura Caio e levanto, Levanto e caio, E no meu recanto Desço de um raio De uma nuvem escura. E, nesta conjuntura De sorriso e de pranto, Olho de soslaio, E choro e canto Pra encher o balaio De pena ou pedra pura. Entre toda a estrutura, E às flores de amaranto Em que me distraio E a felicidade imanto... Pra, na vida e no ensaio, Perder a minha frescura. Enquanto, na candura Procuro o equilíbrio e o encanto, Com o meu cavalo baio Andando na toada do acalanto, Pra, no encetar do mês de maio, Poder esquecer da amargura...