Maio
Dias belos, mas de dores,
Dias que viajo na saudade
Dentro, no coração, nos bastidores
A dor, o sentir que não tem idade
Que seja maio, mês de reciprocidade
Os céus... Às vezes azuis e luzidios
Todavia, acinzentados também
As noites longas merecem o pódio
Como muros a escuridão vem
E as lembranças de outrora
Tomam conta da minha mente
Mas não é sombra que decora
Dói na alma avidamente
São lembranças de uma vida
Primeiro de maio
Dor de uma ida, partida
Não foi um ensaio
E ela se foi, talvez cansada estava
O silêncio pairou em meu coração
Neste dia, a dor gestava
Maio tempo que pesa e enfastia
A dor ainda pesa
A saudade existe
Nada posso mudar, mas trocaria
A saudade por presença
Minha querida Mãe
Tivemos pouco tempo, mas o céu azul
Sei que para nós um dia há de brilhar
Somos seres do maior amor que há!
Neiva Dirceu - @ND
08/05/2023
Sob a proteção da lei de direitos autorais – Lei 9610/98