Conrado Kunimund Wutke

Feito Borboleta.

Às vezes escrevo...
Feito borboleta jogada
ao vento...
Tenho medo da chuva...
Meu coração é frágil...
Sou para ontem quando
preciso ser amado...
Me molho em banhos
de amor...
Quando as tempestades
querem me afogar...
E se a noite chega me
escondo em jardins de
espinhos...
Já sofri muito com as
turbulências da lua...
É que eu fico desnudo...
Também perdi muitos
amores...
A vida as vezes dói...
O amor não cicatriza...
Não é fácil fazer voos 
de olhos vendados... 
Ficar seguindo as
sombras da alma... 
E ser borboleta sem
asa...