Alvoraça o vento
frenético
às bordas
do balcão dos encontros,
nas escadas dos falidos
nas mesas arrendadas pela solidão.
Sou sempre meia-noite,
quando o corpo gargala
a imensa solidão.
Me posto igual a
toda gente
sem ser natureza,
só em comunhão,
cheio de garras
como um leão
azul.
Sempre de copo,
leviatã dos fantasmas!
É meia-noite:
diabo no corpo,
um copo cheio
de ansiedades,
um corpo rente, bem rente,
vizinho de falências
dos sem amores.