Se ergue, me beija e balança
Clausura, o verde esperança.
Menino de pernas curtas
Alma letrada, coração doído
Atenção pouca que me furtas
Recanto algoz, restituído.
Primavera de 21 invernos
De 21 outonos e incertos verões
Que fadiga uns eternos
Que me enche de bordões.
Ah minha doce terrinha
Que a estiagem ao longe se norteia
Acuda oh santa rainha
Esse pobre sertanejo que vagueia.
E depois deste desterro
Mostrai-nos a cruz.
Que me queres como a linda
Me passeia pela morte
Quem dera essa tenra sorte
Me encontrar nessa nossa vida.
Mistério particular que rodeia o sertanejo
Em seu mais puro anseio
De mais uma vez a chuva chegar.
Traz no peito vaidade
Quem dera ter mais saudade
De sempre se encontrar.