Nenhuma pessoa gentil mente,
gentilmente exorta a mentira,
e se faz bem compreendida.
Gentileza é ter atitude coerente,
não se usando de caricatura,
para se dar bem na vida.
Gentileza é sinal de empatia,
que faz da doçura a sobremesa,
que dá brilho e humor ao sorriso.
Gentileza é gestar com alegria,
o esboçar da mais pura singeleza,
sem o inafável contemplar narciso.
Se gentilmente diz não,
a mentira não se estabelece,
tampouco, se torna um escudo.
Gentileza é proceder de razão,
que sempre se torna benesse,
e num luzidio e exponencial conteúdo.
Gentileza não põe a mesa,
nem tira o alimento do prato,
apenas sacia o bem servir.
Gentileza é um gesto de realeza,
sem a estampa pomposa do ornato,
pela fineza racional do existir.
Gentileza não se expõe à rijeza,
consolida-se pelo bom senso,
e pelo conviver virtuoso e decente.
Gentileza é vitamina de pureza,
que torna o amor mais denso,
e nos faz ser confiável e aparente.
O se fazer e ser gentil é majestoso,
mostra a textura terna do juízo,
sem a cobrança resoluta do respeito.
Gentileza é um permitir generoso,
mais seguro, cabal e preciso,
que se poder trazer dentro do peito.
Gentileza é belo traço, é abraço,
é tudo junto e misturado,
é o gracejo de todo dia.
Gentileza é fecundidade do laço,
que envolve com tanto significado,
e é também chamada de cortesia.
Gentileza é tudo, tudo isso,
elegância, sensibilidade e deferência,
na mais sólida e grata revelação.
Todo ser gentil tem compromisso,
de não se figurar numa achacosa aparência,
mas, sim, ter muito amor no coração!