Solitário
Vivemos falando
Com sobejo
Sejamos breves
Sem desejo
E meus poemas, chegam prontos para brilhar
São relatos de uma vida
Uma peça a começar
Meus poemas, quem sabe, ou talvez
São pedidos de socorro
Finalmente sensatez
Eles são o que são
São desgraça e maldição
A vida é bela
E o mundo cão
Assim como o \"Homem-Morto\"
Que desistiu de amar
Naveguei
Festejei
Já não posso mais voltar
Esse mar, tão belo e infiel
Quanto mais fundo, é como um véu
Cega a alma
Faz a vida ser cruel
Quem seria capaz?
De jamais olhar pra trás
Neste oceano tão voraz
Em minha canoa sem ter paz
Jurei, jurei
Sou apenas um rapaz
Que clama pelo mundo
Mas sequer já foi atrás