Como um tiro de um canhão
Uma bola de metal jogada para o ar
Caindo meteoricamente no chão
Meus pulmões cheios de ar, minhas mãos cheias do meu próprio sangue, resolvi morrer, resolvi morrer de uma vez
Sei que a vida é cheia de problemas
Sei que a vida é cheia de desafios e pessoas
Mas para viver, eu resolvi morrer de uma vez
Estou morto para as pessoas, estou morto para a ansiedade, estou morto para o medo, estou morto para o mundo
Acenda meu pavio, como uma bala na escuridão
Viajo dentro do meu cérebro, essas vozes que me incomodam, que rastejam dentro da minha pele
Eu resolvi calar, todas as vozes, todos os problemas de uma vez
Então eu morri, morri pra todos, o que você vai achar é apenas meu caixão vazio
Sou uma tocha acesa de baixo da chuva
Sou a última peça que falta no tabuleiro
Sou o último a subir no ônibus
Sou o último a me importar com seus problemas
Sem descanso, sem sono, sem descanso, sem sono
Queime dentro do meu peito, queime em meio aos meus gritos, queime em meio a minhas lágrimas
Tudo o que há de ruim, estou morto, eu morri, resolvi falecer, a sete palmos do chão, sou o último prego no caixão, eu sou a última vela acesa no dia do enterro, sou a última flor deixada na lápide, eu sou o último, eu sou, sou o último
Não adianta achar o que já se perdeu
Não adianta gritar com quem não escuta
Acabou, de uma vez, de várias vezes, morri, eu realmente....estou morto