Jose Kappel

Doce Caliente

 

tenho um céu nublado
um campo mal fadado,
e coercido,

tenho
estrelas embaçadas,
todas de
dá de dor. 

 

tenho um
chapéu de
frade
feito de ontem,
sem criado
e todo-mudo.

mais isso
é história
dos sem vinténs.


é história de ninguém,
pois nem sei onde estou
mas é parecido com

o de lá,
 e sempre na
última página
no um futuro
alguém.

 

e
onde estava você
mesmo ?
aqui,
ou lá ?

aqui não dá,
é montanha de
ninguém.
e
lá também
não dá,
pois 
é campo de
batalha
dos mouros.

 

eles tem faro de 
 de belas
que rezam amém
nos cantos
do belo harém.

 

bem,
aqui fico.
fico fazendo canções
pro seu
amor
de cem grãos !

 

ou vou pra 
lá,
no morro de versos,
querendo
morar com
fadas
do meu anverso.

 

agora,
me mira,
me visa,
já que sempre
serei
o pobre
valente.

 

mas sou de bem,
e homem rente,
sempre
sem você
ou com o

amém !

 

sou dos
repentes
que sempre
estão
sem
ninguém.

mas 
sou de lá,

e me chamam
chamam
doloso e
caliente !