Valsa sem nome
toca no salão ao lado,
onde debutam os
passageiros do tempo.
Todos lá estão:
a memória,
o passo,
a dor,
o ritmo, a saudade,
o que não brota mais,
o que de resma não vem mais.
Agora, sobram lembranças,
mas sei que lá no fundo da
canção,
eles fazem o meu sono
da criança, que um dia
vai fazer ,
a gente:
um campo de flores,
argamassas de cores,
pintura de céu azul
e um calor de areias,
que vai fazer a gente
o todo de nós,
num corpo só.
todo rente de amor !