Antonio Luiz

Pra sempre amador

eu calculo já estar desonerado

e também minh’alma aliviada

do plúmbeo e pedregoso fardo

do amar de forma apequenada

 

de cada pé de amor inventado

amei semente sua não brotada

e do que cresceu mais copado

eu amo até a folha despencada

 

desde que esse fino fio de vida

era cordão à barriga encravado

em cada instante, tenho amado

 

e vou seguir amador, obstinado

inda que veja profissionalizado

o ódio daqueles de alma pesada