De ti, No momento, Ainda sei quase nada; Não sei se é libélula, beija-flor ou bem-ti-vi? E, no destino do meu plácido pensamento, Não sei se está enamorada, solteira ou casada? Se é verão ou primavera, Sol ou chuva, outono ou inverno, E se é senhora e dona do seu tempo? Se é somente uma quimera E uma poesia na página do meu caderno Que escrevo para o meu Passatempo? Por esta vida cheia de luz e incerteza Que espero o instante mais certo Para flertar com a esplêndida beleza Que rodeia o meu campo de deserto. Enquanto, não vejo os sutis sinais, Da idealizada e ambígua e bela musa Que, por entre os leves e odorosos vendavais, Faz a minha inspiração profícua e profusa.