LEIDE FREITAS

ANAHÍ!

ANAHÍ!  (19 de Abril)

 

Meu nome é Anahí

Minha história não é romântica como da índia Iracema

A virgem dos lábios de mel

Do escritor cearense José de Alencar.

Minha história é de resistência

É para ser lida e causar indignação

Antes das famosas descobertas

Éramos filhos legítimos desta terra

E vivíamos livres na natureza...

O homem branco chegou

Nos subjugando sobre a égide da violência

Meus ancestrais foram dizimados

Ao longo do tempo em nome

Da modernidade e da civilização

Quem disse que não éramos civilizados?

Há algum tempo ouvi uma música

Todo dia era dia de índio!

Uma música tão linda sobre o meu povo

Na bela voz da Baby do Brasil

A música é um protesto

Contra a ironia do homem branco

Que criou o dia do índio, depois de dizimá-los.

Sim, antes dos brancos,

Todo dia era dia de índio!

Dia de curumins e cunhantãs.

HOJE! NÃO É MAIS...

 

Leide Freitas