A história dos homens
Não se dá por guerra, nem pela nação
A história dos homens
É lágrima e uma fogueira no chão
A história do Homem-Morto, essa sim é diferente
Cercado de gente, e mesmo assim inconsequente
Nasceu na plebe, e se criou um deliquente
\"Homem-Morto\" já não é mais um apelido
Se tornou consequência, como ouve o seu ouvido
Ele é filho do caos
E de uma oniromante
Morreu onde nasceu
Já nasceu ignorante
Cresceu em um castelo, desta vez não é de sangue
Desta vez não tem coroa
Já que ele é verme e inoperante
Morreu sozinho
Mesmo não sendo chocante
Ninguém em sua vida tentou o entender
Sua família e sua rosa
Só fizeram ele sofrer
Só pecou uma vez na vida
Pecado do qual, pra sempre deverá se arrepender
Qual o seu pecado?
Ainda não
Preciso ainda lhe contar
Ele morreu com um arpão
O \"Homem-Morto\" saiu em busca de legado
Um barco a vela
Ousou viver sossegado
Como alguém ousa, viver sozinho?
Em um barco a vela
Somente o mar em seu caminho
Tomara que se perca
Em seu próprio redemoinho
Como alguém é capaz
De ousar viver sozinho?