Binho (Luiz Herbet Cezario)

Viajante

Em cada passo que eu dou
Um passo sempre há
Um novo passo que eu dou em falso
Sem notar

E quando ando eu sinto o vento
Só eu sei
Que quando sinto o arrepio do tempo
Vai passar

Há um viajante no meu bolso
Há um viajante no meu corpo
Há um navegante, quer estar
De malas prontas e sempre pronto
Sempre pronto pra andar