Sim! São Apenas Poeiras aos Ventos…
Não vejo nada…
Absolutamente nada!
Mas sinto bem próxima à sintonia
Que o bendito vento traz.
— Nossa! Amo-te ventania…
Tu que sopras ao meu favor
Nesse desejo da libido…
Desse imenso amor!
Eu só queria te olhar nos olhos
E ficar horas admirando-te…
Sem ofuscar o brilho do teu olhar.
Sinto meu coração batendo forte
Seria eu um homem de sorte!?
— Sim! Eu sou Romeiro!
Ambicioso e aventureiro
Às vezes fico a tresvariar…
Às vezes penso que és meu deserto!
— Pois, tenho muita sede de te beijar
Te tocar no corpo e na alma.
Sinto a poeira aos ventos…
Moldarem as dunas formando tua face!
Sinto o frescor da natureza
Impregna sua essência em tua beleza.
— Eu queria ser o seu deserto!
Só assim me manifesto…
Sendo eu a poeira aos ventos.
E com esse poderio
— Seria eu “Shakespeare”!?
Não vejo nada…
Absolutamente nada!
Sim! São apenas poeiras aos ventos…
_ Ernane Bernardo