Davi G.

Libra

Viva os duplices violentos

Em vossa essência

Feitos de sentimentos

 

Viva os versos que nem me server sequer para chorar

Viva o medo de ser capaz ou não, capaz de superar

 

Entre fazer ou não sentido, um poema

 

Viva o caos e o problema

Peço desculpas se não rimou

A minha fase é delicada

Somente glórias, foco, e uma saudade inconformada

 

Quem seria tolo o suficiente para usar minha coroa?

 

Encarar o abismo, levar garoa

No meu castelo de sangue, não há sequer uma pessoa

Ou sequer um rei, somente o escuro, e uma flor

Uma rosa carmim, que se acha um escritor

A rosa rega a si mesma, e nem sente a própria dor

 

 

A rosa, todos sabem, não é capaz de mudar

É chorosa e apaixonada, apaixonada no luar

Sempre sozinha, desaprendeu a odiar

Como Deus sabe, não sou capaz de mudar

Tornei-me tão frio

Só eu mesmo 

Sou capaz de me esquentar