Viva os duplices violentos
Em vossa essência
Feitos de sentimentos
Viva os versos que nem me server sequer para chorar
Viva o medo de ser capaz ou não, capaz de superar
Entre fazer ou não sentido, um poema
Viva o caos e o problema
Peço desculpas se não rimou
A minha fase é delicada
Somente glórias, foco, e uma saudade inconformada
Quem seria tolo o suficiente para usar minha coroa?
Encarar o abismo, levar garoa
No meu castelo de sangue, não há sequer uma pessoa
Ou sequer um rei, somente o escuro, e uma flor
Uma rosa carmim, que se acha um escritor
A rosa rega a si mesma, e nem sente a própria dor
A rosa, todos sabem, não é capaz de mudar
É chorosa e apaixonada, apaixonada no luar
Sempre sozinha, desaprendeu a odiar
Como Deus sabe, não sou capaz de mudar
Tornei-me tão frio
Só eu mesmo
Sou capaz de me esquentar