Jose Kappel

A Guerra dos Anos

 

Enquanto

os campos de flores urgir

o passadiço tempo,

enquanto nenhum navio

largar o porto,

e as senzalas da dúvida

perdurarem entre os presos

tortos,

tenho certeza que não

abandonarei você.

 

E, se, de repente,

o fogo humano bramir

sua inconstância.

e aventar a guerra dos

anos,

e ver minha juventude sorvida

pelo arco e a flecha,

montarei guarda medieval

à sua porta.

 

E, se mesmo o amor morrer;

Faça lá!

 

De fora ficarei

guardando sua vida choupana,

seu amor de quarto,

nosso amado esbelto,

que nasce agora como

estrelas, num ventre

nunca, antes, varrido

pelo vento do amor.

 

Desejo e faço.

Seu!