Carlos Lucena

INSENSATOS

INSENSATOS 

A paz do Senhor
Em garrafas de vinho 
Vivendo o amor
Nas mesas do bar 
Sem dor, sem fel, sem espinho.
O verbo é amar
Mas amar é só verbo.
É santa a paixão 
Mas a cruz não é minha
Nem a morte também 
Essa cruz não me leva
Nem eu levo essa cruz
Não me importam os seus atos
Isso foi lá com Pilatos...
E se hoje tem escuro ou tem luz
Isso é lá com Jesus!
Oh! Tiranos insensatos
Não percebem que a Luz
Por vós infiéis filhos ingratos
Acendeu na impiedade da cruz?