Minha vida, onde
vai tão vazia?
Senão, onde está?
Olhando o caos?
Vida que é vida,
dança tépida ao sabor
de águas sem rumo,
onde o sol nunca chega.
Minha vida, onde está?
De tão rápida morreu,
no colo da manhã,
numa infância de beijos.
Minha vida,
onde vai tão vazia?
E se algum dia convivi com ela,
da mesma maneira, a perdi.
Às margens de primeira madrugada,
que, sôfrega,
só sobrevive na terra dos desaparecidos,
ou na casa de mulheres alugadas!
Minha vida é isso.
Onde só um caos duvidoso me espera!
Lá, onde dor tem nome.
E apenas uma mulher me espera
Na primeira madrugada !