Saudade das noites que deitavas,
O prado em névoas enublado,
Do silêncio que outrora contemplavas,
Sem teres a tristeza ao meu lado.
A lua que meus passos clareavas,
Inda vagas pelo horto desolado,
Me trazendo o vento que levavas
As pétalas do peito macerado.
Ai sinos que plangem nas torres frias,
Por que recordam-me os teus plangeres
A solidão das horas tão sombrias...
As tardes sem poentes e doridas,
A alma envolta de alvas e misereres
Que andavas pelos átrios das ermidas...
Thiago Rodrigues