De um amigo veio a traição
Num gesto de carinho
Faltou em Judas o amor de irmão
Entregando-te aos romanos
E por eles foste de início manietado
E aos doutores do desamor foste julgado
Cuspiram, escarraram e xingaram, foste por eles humilhado
Foi levado a Pôncio Pilatos, e de Pilatos a Herodes
Não encontrando em Ti Jesus nenhuma culpa
Trazem-no de volta a Pôncio Pilatos, deixando esposa de Pilatos em alarde
Pôncio Pilatos lavando as mãos se desculpa
Dizendo: Não comungo desse sangue inocente derramado
Foi o Senhor pelos algozes sem piedade flagelado
Com uma coroa de espinho, sangrando foste zombado
A Tua dor Senhor, ainda neste tempo move meu coração
Passando pelo flagelo, tendo teu corpo dilacerado
Carregaste a mais pesada cruz, aos olhos da multidão
Foi as lágrimas de Maria, o choro de Verônica que te tocava em agonia
Em tuas quedas no caminho, pairava o silêncio e a dor que ninguém via
Em teu coração cheio de dor estava o consolo de Maria,
No momento desta caminhada pela pesada cruz desfalecia
Encontrou em Teu caminho Simão Sirineu
Foi Ele o Sirineu que te apoiou, e contigo a cruz carregou
Não tiveram compaixão, chegando ao monte Calvário
Ainda que desfalecia, Te pregaram em uma cruz
E os cravos transpassaram Teus pés e tuas mãos
E Teu corpo transfigurado deixando a marca da paixão
Mesmo no alto da Cruz, com tanta dor e aflição
Teu coração movia de amor e compaixão
Clamou ao Pai, entregou sua mãe para João seu discípulo amado
Aos teus algozes, perdoou-lhes o pecado
Dizendo: _ “Pai eles não sabem o que fazes”
Ainda assim um soldado levantou a lança e teve Teu coração perfurado,
Do Teu coração jorrou sangue e verteu água,
Assim foi consumado morreste numa cruz, onde a dor deságua
Pairou o silencio e a escuridão,
Morreu um inocente para o mundo trazer a salvação.
Neiva Dirceu SM - @ND
Meus pensamentos poéticos
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07.04.2023