estava com braços furados,
seringas no chão da ponte torta,
estendi meu braço igual cristo crucificado,
naquele ponto não sentia nada, amortecido,
adormeci e estendi o equilibrio da beira pra frente,
mergulhei no chão de um rio raso,
sentia tudo embassado, e um gosto de sangue na boca,
sanguineo como sempre sangrando,
melancolia agora morta, dormindo;