Carlos Lucena

TEO (DEUS)

Não Te vejo
Porque meus olhos
São incapazes de Te
Projetar
Não Te toco
Porque minhas mãos
Ilícitas não tocam
A grandeza do teu corpo
E és sopro!
Não Te alcanço
Porque És Horizonte
Que se estende
Após o limiar das nuvens!
Não Te compreendo
Porque a Ciência
Que tenho é incapaz
de Ti definir.
Mas meus olhos
Enxerga a luz
Que emana da tua
chama
És Farol!
E minhas mãos
Em súplica
Se estendem para Ti
Ora em rendição
Ora em prece.
O horizonte é logo
do outro lado
Existe um caminho
até lá.
A Ciência não é o limite.
Não Te compreendo
Mas Te conheço
Porque estás em mim
Nos meus olhos
Nas minhas mãos
No horizonte
Na minha ciência.