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Antonio Olivio

RABISCOS DE AMOR DESCARTADOS

 Te amo amor,

E só tenho este abraço que agora me dá, 

Com um amor que me deu o amor

Que me ensinou a ternurar 

Que abriu os olhos para os meus 

E viu a luz que eu não sabia que tinha em mim,

Que beijou_me com o beijo que roubei de ti,

na  madrugada fria que  guardava uma  lua gelada.

 

 

Te amo amor,

Amo as flores que colhi no teu jardim,

Seu perfume em minha alma,

Lembra_me de quem sou,

Um desvanecido amante, 

Perdido na vida,

Porém  livre.

 

Te amo amor,

Sou  amante forjado na dor de amar,

Sem ter esperança de morrer,

Pois sendo da vida vagante,

Tenho apenas o que há em ti:

Toda noite, todo dia

Toda eternidade.

 

Te amo amor,

Escreve na minha face,

a tua poesia infinita

com todos os teus versos

esfrega a tua beleza 

nesta tela branca e vazia 

Que é a minha existência. 

 

Te amo amor,

E vou viver para sempre

enquanto vou recolhendo

Num caminho de céu colorido

Os restos de mim que tu deixas,

Migalhas de um soneto perfeito,

 Rabiscos de amor,

Descartados.

 

Antonio Olivio