Te amo amor,
E só tenho este abraço que agora me dá,
Com um amor que me deu o amor
Que me ensinou a ternurar
Que abriu os olhos para os meus
E viu a luz que eu não sabia que tinha em mim,
Que beijou_me com o beijo que roubei de ti,
na madrugada fria que guardava uma lua gelada.
Te amo amor,
Amo as flores que colhi no teu jardim,
Seu perfume em minha alma,
Lembra_me de quem sou,
Um desvanecido amante,
Perdido na vida,
Porém livre.
Te amo amor,
Sou amante forjado na dor de amar,
Sem ter esperança de morrer,
Pois sendo da vida vagante,
Tenho apenas o que há em ti:
Toda noite, todo dia
Toda eternidade.
Te amo amor,
Escreve na minha face,
a tua poesia infinita
com todos os teus versos
esfrega a tua beleza
nesta tela branca e vazia
Que é a minha existência.
Te amo amor,
E vou viver para sempre
enquanto vou recolhendo
Num caminho de céu colorido
Os restos de mim que tu deixas,
Migalhas de um soneto perfeito,
Rabiscos de amor,
Descartados.
Antonio Olivio