O enegrecer do nanquim,
na tela de papel de linho,
esconde traços, carmim,
do traçado do caminho.
O anoitecer derrama tintas,
que borram o fim de tarde.
Não importa o que sintas,
tinge o sol, que ainda arde.
Pinceladas, marcam o horizonte,
com névoas de sonho em prata,
da noite que surge inata.
Ao adormecer da euforia,
surge a eterna harmonia
do escurecer da tela do dia.