Conheci você quando
ainda não me conhecia;
fiz um par de magia
e você ganhou meus braços
onde até então permanecia!
Mas veio o Inverno
de cada vida.
O meu chegou na hora
certa
cheio de ventos prosas
e brumas sem voltas.
Antes de nossa
fronteira final
era profissional de te querer,
um ágil arqueiro que mata
com especial classe, alguém,
só de olhar em você,
pois sou,
um vigilante suave
com todo jeito de querer
com todas as maneiras de ser,
de acalentar qualquer ave
que um dia fosse igual a você!
Mas tenho culpa?
Se o Inverno chegou
e fez de suas mãos
uma roda de gelo
e petrificou seu coração
com cordas de fugir
para o lado do sol?
Tenho culpa?
Não tenho volta.
Meu caminho é só de ida.
Se um dia me entreguei
foi por vontade passageira
e não pela atroz felicidade!
Vou sozinho
e agora te perco.
Mas deixo minhas palavras:
no próximo vestal há um
belo aviso:
Nunca confie num homem
que procura a eternidade
enquanto respira
sua vida.