São lágrimas que não rolam por bondade,
Soluços que partem o coração,
O que outrora poderia ser felicidade,
Agora é escuridão.
Na imensidão da caixa surpresa,
Que mais parece uma represa,
De risos, gritos e gemidos,
Ouço o apelo reprimido,
De algo já vivido,
Talvez até com certa emoção,
Mas que hoje dilacera o coração.
Será preciso desembrulhar essa surpesa?
Ainda não tenho certeza,
As lágrimas, gritos, gemidos e escuridão,
Contidos por uma tal represa,
Não me parece mais surpresa,
Transformou-se em mar,
Virou correnteza de sonhos e incertezas,
Que com uma certa beleza,
Consumiu a caixa de surpresas,
Queimando junto farrapos de um coração cereja.