Milésima parte
A vida em sua milésima parte
viver - paradeiro paradoxo
morrer - um vendável de muito medo
a humanidade não desvendou ainda a complexidade, o final deste segredo
o tempo ainda destemperou as mãos de minha mãezinha
mas não diminui o seu amor.
não espero esta hora
e nunca esperarei, quem dera pudesse mudar o fato e a história
teria Ulisses , príncipes e reis
meu Deus , como desejo ainda as meninices que não estão mais presentes
vez por outra recordo-me de leve que
minha tia celebrava cada data em sua
casa, tantas comidas, muita festança.
hoje o Alzheimer come o seu juízo !
acho até bonito , outro dia me chamou de Silvio
viver ainda vale a pena, mas passa de pressa em telas pequenas
salve o juízo infantil e a beleza da humildade disponível e renegada
por muitas temporadas .
O poema continua e a vida também !