A batida marca o ritmo,
apesar de fora do compasso
acelera atordoado passo,
que pulsa descompassado,
encobrindo anseios do coração.
Ouço pássaros livres a cantar, na janela,
enquanto aguardam doce fruta,
regalo por sua grata labuta.
Choro, quando cativos por tramela,
cantam no descompassado ritmo do coração.
Entre metáforas e hipérboles
observo o ritmo que levo.
Não busco a consonância,
pois, convivo com a dissonância,
na arritmia do meu coração.