A sinceridade dorme esbugalhada
Atenta aos desmandos da fantasia
Que reina hipotética com a utopia
Através da magia ciclope do nada.
Tudo é questão alegórica da ironia
Presente nas silhuetas do camarada
Que bebe dos adereços da alvorada
Os pingos solutos da noite e do dia.
A hipocrisia traz do tolo a urticária
Que faz coçar a sensação monetária
Do paupérrimo que finge a emoção
Instalada no peito por ganhar óbolo...
Tresloucado é o que come esse bolo
E mastiga da anatomia dessa infusão!
DE IVAN DE OLIVEIRA MELO