NOITE DE CHUVA!
Noite quente!
Nenhuma folha balança
Nas velhas árvores podadas
Mas ao longe o céu escuro
De um cinza chumbo etéreo
Também escurecia a terra
Os raios do deus-trovão
De vez em quando clareava
E a tudo transformava
Em uma pintura celeste
Depois vieram os trovões
Soltando o ar dos pulmões
Como gigantes dos céus
Vai a chuva anunciando…
Da janela vejo os relâmpagos
Clareando os prédios da igreja
E a copa da velha mangueira
De vez em quando brilhava
Mostrando os frutos na folhagem
Crianças presentes nas alamedas
Correm felizes de pés descalços
Tomam banho de chuva entre risos
Momentos com sabor de paraíso
Pisam nas poças entre os gritos
Alegria, banho, medo e muito agito
Entre os relâmpagos silenciosos
E o sons retumbantes do trovão
A vida acontece no condomínio.
Leide Freitas