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Poetisainterna

IncĂȘndio de inverno

 

Era um tempo gélido, como dias de ruína

A abstinência de afeto

Personificava cada vil objeto

Na prisão da minha sina

 

E a chama dissemina

Acalenta minha alma, em momento tão quieto

Esse fogo que queima, quase discreto

Escuta os olhares de maneira repentina

 

Começo a navegar em meu próprio tormento 

Pairar pelos ares

Evitar escalar montanhas

 

Poucas palavras quando se quer milhares

O zelo me convida para as tais façanhas

Será que ficou mais forte do que as marcas do tempo?