Felipe Martins

MAR

MAR

Quando vemos o mar pela primeira vez ele desfaz qualquer expectativa que você tenha sobre ele. 

Sua briza pesada, seu som imprudente trás um olhar de medo. O homem curioso arrisca-se a sentir de perto, suas ondas batendo-lhe jogando todo aquele sal. 

Não é como um rio que sempre se renova lavando suas impurezas. Ele vai e volta e sua água sempre é a mesma. 

Todo aquele sangue perdido na imensidão, todas aquelas vidas nunca encontradas, e você lá despreocupado sem saber das dores que aquela água trás consigo toda vez que bate em você. 

É muito mais lindo de longe, na imaginação, de perto é só água salgada. 
A única coisa linda de verdade nas quelas águas são a pouca vida existente. Dessa beleza tu tens medo, tanto que a mata por pura inveja.