Thiago R

Quando desmaias em pálida neblina...

Quando desmaias em pálida neblina,

No mesmo leito que te acalenta,

Imagino-te, estrela matutina,

Solitária como a alma que lamenta. 

 

Uma distante sombra peregrina,

Mágoa de alguma aurora macilenta,

Trazes silenciosa na retina,

Teu brilho de lembrança sonolenta. 

 

Vão os sonhos nos ares relembrando 

O aroma doce das manhãs serenas 

Que ficavas em silêncio te olhando...

 

Aquela alma que me espera é silente,

Em teus olhos florescem açucenas 

E as lágrimas doiradas do poente...

 

Thiago Rodrigues