Ele tentou esquecê-la.
Num copo, dois, três, dez.
Só conseguiu sofrer mais por ela.
Numa noite, num romance.
Num beijo, um abraço.
Não teve sucesso.
Tentou consolar-se
Nas pernas de uma moça, nos seios de outra.
Apenas mais decepções pra sua imensa lista.
Em músicas e poesias,
Em estradas e rodovias,
Por onde ia, ele a via.
Nos quadros da parede, nos desenhos animados da TV.
Nos cachos e nos lábios carnudos
Das cantoras, atrizes e apresentadoras.
Pra onde ele olhava,
Aquela moça estava.
Isso o matava!
Ela era louca,
Um pouco rouca,
Meio loura...
Era linda que só ela!
Cheirosa como uma flor.
Gostosa como um morango.
E agora... Ela é só uma lembrança,
Uma doce recordação, uma poesia
Guardada com carinho na memória dele.
Tanto ele pensou nela,
Tanto falou dela,
Que... Acabou por esquecer.
Esqueceu-se um dia de pensar,
Esqueceu-se um dia de falar,
E assim, ele deixou de amar.