Tranco-me em minha casa!
Despojo-me dessas ignorâncias,
desses alienamentos, desisto!
Prefiro meus livros, essa viagem...
Viajar nesses personagens fictícios,
entre personagens reais, entre poesias!
Século XXI! Ainda existe o terraplanismo!
Ainda esses loucos e tanta intolerância.
Prefiro navegar entre palavras,
entre poesias, entre versos e contos.
Ando a espreitar-me entre assombros:
Vale à pena amar na frialdade dessa terra?
Torno-me introspectivo, sucumbo entre descrenças.
Vivo atrelado a desalentos e meus tormentos!
Feito fantasma, refugio-me entre meus livros,
entre meus deleites e meus abismos, entre silêncios!
Oh, madrugada de ilusões, de alvoreces e dores!
Assombro-me entre espécies humanas, entre paredes.
Ao quarto me recolho sem esperança, sem medo.
Assim prefiro, muito mais os livros que me alimentam...