em tardes de chuva, e sozinha
no embalo do seu doce desejo
buscava-a Esperança na janela
e enquanto enchia seus baldes
de pingos contados, na espera
expelia fumacinhas na vidraça
baforadas dos cafés com leite
com leves traços de pão de ló
formavam palco pra corações
então os desenhava com dedo
e os dela maiores que os seus
que era pra ocupar o seu peito
queria pra si um verde de anel
Esperança desejava Esmeralda
sozinha, e em tardes de chuva