Antonio Luiz

O verde amor de Esperança

em tardes de chuva, e sozinha

no embalo do seu doce desejo

buscava-a Esperança na janela

 

e enquanto enchia seus baldes

de pingos contados, na espera

expelia fumacinhas na vidraça

 

baforadas dos cafés com leite

com leves traços de pão de ló

formavam palco pra corações

 

então os desenhava com dedo

e os dela maiores que os seus

que era pra ocupar o seu peito

 

queria pra si um verde de anel

Esperança desejava Esmeralda

sozinha, e em tardes de chuva