Maximiliano Skol

O PORVIR DO MEU SONETO

A brisa leve passa e o tempo voa...
E cada nuvem leva o tempo à toa...
Em direção qualquer segue o destino
De tudo que a passar perde o seu tino...

O céu nublado nunca me afeiçoa,
Mas espero que o tom dele se escoa.
E assim não me intrometo em desatino
Sabendo tudo é breve e repentino.

Às vezes em minh\' alma uma tristeza
Dela se apossa, mas não me apavora,
Porque tudo é fugaz e com certeza

Tão logo o sentimento vai-se embora.
Se feliz tenho um tempo então o submeto
Num eterno porvir do meu soneto.

Tangará da Serra, 13/03/23