sejamos bem-aventuradas
todas nós, criancinhas anosas
com carinhas de uva-passa
por aclamarmos o velho
por não temermos espelho
por não perdermos a graça
por termos “digitais” na face
por tornarmos RGs antigos
por sermos tão evoluídas
santas sejam as nossas rugas
santas, mil vezes santas
leitos das águas dos anos
de tantos suores, e lágrimas
sempre rio mais que antes