Aquele desejo de ter-te, de querer-te... entusiasmo efêmero
Segurar teu corpo entre meus braços, foi como reter o vento
Queria aquele trecho de amor homogêneo marchando mais lento
Mas chegou ao fim como um suspiro, fugaz, supérfluo... mísero
Aceitar a reminiscência de teu sorriso etéreo... luminescente
Me obrigando a ser piedoso com minha existência, resiliência?
Me conformar com a ausência da tua presencia, com as carências
Apagar um sentimento incomensurável, insistente... persistente
Almejando clemência para um amor inefável, sem culpas... compaixão
Um amor aferrado a um passado sempiterno ainda presente... perene
Com a ilusão de efervescer como petrichor, sem algoz que o condene
A epifania inconclusa da afeição, ironia recorrente de uma vida sem paixão