Divaldo Ferreira Souto Filho

Doravante

Vamos novamente na história

abrir espaço, desmatar a imensidão.

Na verdade, Deus é testemunha

mais eficiente que a memória.

Então, sejamos de carne e unha;

Cola nos fragmentos do coração.

 

No mato, muitas plantas se ergueram!

No mato, muitas dores se mostraram!

Nossas lágrimas alimentaram daninhas.

Até nós, para nos salvar muitos vieram,

mas almas de guerreiros se vão, sozinhas,

se precisarem. As nossas, precisaram!

 

Queimamos o tronco, rancor virou carvão...

Quase matamos o amor, fênix doravante sejamos.

De sujeira já basta o passado, embora não o limpamos.

Pois as raízes, quanto mais sujas, mais vivas estão.

Então, sempre lembremos do que passamos

para fortificar os galhos verdejantes da nossa união!